aBERTURA

SETADI

Núcleo de Uibaí

Próximo Módulo em 21 de Maio de 2011

Disciplinas: Soteriologia e Cristologia

Compromisso com o ensino da Palavra de Deus!

Pré-Congresso

De Jovens

Dia 14 (Sábado) de maio na AD de Uibaí

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DIAS DE CULTOS

1. Domingo

- Escola Bíblica Dominical - Manhã

- Culto de Departamentos - Noite

2. Terça-Feira - Culto de Doutrina

3. Quarta-Feira - Culto Familiar

4. Quinta-Feira - Culto da Vitória

5. Sexta-feira - Circulo de Oração

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Corpo de Obreiros


Credo das Igrejas Assembléias de Deus no Brasil

Cremos...

1. Em um só Deus, eternamente subsistente em três pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).

2. Na inspiração verbal da Bílbia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para a vida e o caráter cristão (2 Tm 3.14-17).

3. Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).

4. Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).

5. Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).

6. No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).

7. No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2.12).

8. Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e 1Pd 1.15).

9. No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).

10. Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade (1 Co 12.1-12).

11. Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Primeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tribulação; segunda - visível e corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos (1Ts 4.16. 17; 1Co 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5 e Jd 14).

12. Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10).

13. No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15).

14. E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).

sábado, 27 de novembro de 2010

TEOLOGIA PRÓPRIA

Introdução

            A busca do conhecimento acerca de Deus deve ser motivada pelo censo do dever e ter como alvo o aprimoramento do coração. Uma vez alcançado, esse conhecimento deve ser escondido e enraizado profundamente no coração como a linha orientadora de toda nossa vida. Três razões justificam tal dever.

            Em primeiro lugar, quando o conhecimento sobre Deus é empreendido apenas pelo desejo simples de conhecimento, ou como atividade meramente especulativa, a mente não se contenta com a verdade simples e acaba elaborando questões sem proveito e embaraçando-se com dificuldades das quais é incapaz de desvencilhar-se. É daqui que surge, em geral, o ceticismo.

            Segundo, é sabido que nossa existência em nada dependeu de nós próprios. Sendo assim, alguém planejou-a, e as leis do universo nos ensinam que nada em seu funcionamento é fortuito. Devemos então saber quais são os objetivos da nossa existência, e só o saberemos se conhecermos Aquele por cujo poder existimos. Ninguém duvidará que seja Deus.

            Terceiro, nossa existência não se perpetua nesta vida. No entanto nossos instintos empurram-nos a prepararmo-nos para viver eternamente. O quê e como será a eternidade só saberemos mediante Aquele que tudo criou: Deus.


I. A Existência de Deus

            A crença na existência de Deus é de natureza universal. Isto pode ser comprovado através do estudo comparativo das religiões. Essa crença se acha arraigada até entre as nações e tribos mais remotas da terra. Apesar disto, existem indivíduos que negam completamente a existência de Deus. As formas de negação desta existência são muito variadas. Vejamos:

1. Formas de Negação da Existência de Deus
     
            A) O Ateísmo
O ateísmo na nega, em todas as suas manifestações, a existência de Deus. Alguns pensam que não precisam de Deus; outros alegam que nada se pode conhecer de Deus; os mais extremados entendem que Deus não existe e pronto. A verdade é que o ateísmo resulta do estado de perversão do homem, das limitações de sua inteligência e de seu desejo de esconder-se de Deus (Salmos 14.1; 54.1). Assim, o ateu mente à sua própria razão, à sua própria consciência. Segundo o professor Flent os ateus se dividem em:
1o) O ateu dogmático, que nega a existência de um Ser divino;
2o) O ateu cético, que duvida da capacidade da mente humana admitir se há um Deus;
3o) O ateu capcioso, que sustenta não haver prova válida da existência de Deus.

            B) O Agnosticismo
A palavra ‘agnosticismo’ vem de uma palavra grega, que significa ‘não saber’. Segundo esta crença: o homem não pode saber qualquer coisa sobre Deus, haja vista que  as alegadas provas da sua existência estão fora do domínio das coisas materiais. Os agnósticos esquecem, ou ignoram propositadamente, que os pensamentos e os sentimentos também estão fora do domínio da materialidade, mas ninguém nega a realidade deles.
    
            C) O Deísmo
O deísmo se com figura como religião natural, baseada no raciocínio meramente humano. Admite que existe Deus, no entanto rejeita por completo à sua revelação à humanidade. Para os deístas, Deus não possui atributos morais nem intelectuais, duvidam até que Ele tenha influído na criação do Universo.

            D) O Materialismo
Segundo o materialismo a única realidade é a matéria. O homem é um animal apenas, por isso não é responsável por suas atitudes e atos. Diz ainda que os diferentes comportamentos físicos e psíquicos do homem são simplesmente movimentos da matéria. Assim, o homem não tem do que, nem a quem prestar contas dos seus atos.
            E) O Panteísmo
O Panteísmo ensina que no Universo, Deus é tudo e tudo é Deus. Árvores, pedras, pássaros, terra, água, répteis, homens, todos são declarados parte de Deus. O Panteísmo confunde Deus com a natureza. Resumindo: Deus, é como se fosse um pedaço de papel, dividido em milhões de pedaços, juntando todos os pedaços do papel se tem Deus.

            A Bíblia corrige estas idéias torcidas do panteísmo, mostrando a diferença entre a criação e o Criador. A criação revela Deus, mas não é deus. (Ver Rm. 1.18-32).  Por que é tão importante tomar tempo para considerar estas idéias acima expostas? Responde Myer Pearlman: “Visto que é muito difícil descrever perfeitamente o ser de Deus, podemos, sabendo o que ele não é, chegar a uma melhor compreensão do que ele é “.


2. A Existência de Deus Declarada
 
            Na Bíblia, em sua primeira página, encontramos a seguinte declaração: “No princípio ... Deus” (Gn. 1.1). Moisés, escritor do Gênesis não disse: “Estou escrevendo este livro para provar que Deus existe”. A existência de Deus é um fato autoevidente e uma crença natural do homem. A Bíblia não é nenhum diário de Deus, que reúne todas as indagações da mente humana sobre Ele. Há nela, sim, o suficiente à mente finita do homem crente. Nós os crentes aceitamos por fé a verdade da existência de Deus segundo a revelação contida na Bíblia (Hb. 11.6). Cremos na revelação bíblica.

            A Bíblia mostra Deus como o Criador de todas as coisas (Gn. 1.1), o Sustentador de todas as coisas (Hb. 1.3) e o Dirigente dos destinos de indivíduos e nações (Sl. 22.28). A base de nossa fé na existência de Deus é esta revelação segundo a Bíblia. Paulo disse: “Deus estava em Cristo” (II Cor. 5.19). Assim temos na Pessoa de Jesus Cristo, a maior expressão da existência de Deus. Cristo se identificou com Deus, veja: Jo. 10.30, Jo. 8.19; Jo. 5.19; Jo. 5.21; Jo. 5.23; Jo. 5.26; Jo. 14.10,11; Jo. 14.3. Concluindo: Cristo foi em carne tudo aquilo que Deus aprouve revelar de si mesmo ao homem.


3. A Existência de Deus Provada

            Provaremos agora a existência de Deus de forma racional. Não que precisemos disto, mas para convencer os que genuinamente buscam a Deus, isto é, pessoas cuja fé tem sido ofuscada por alguma dificuldade, e que dizem: “Eu quero crer em Deus; mostra-me que seja razoável crer nele”. E também para fortalecer a nossa fé, que já cremos nele.

            Deus sendo Espírito, não pertence à categoria da matéria e, portanto, não pode ser descoberto pelo tubo de ensaio do cientista, ou pelo telescópio do astrônomo. Mesmo assim provaremos a existência de Deus de forma lógica, racional. Vejamos os principais argumentos que provam a existência de Deus.

A) O Argumento Cosmológico ou da Criação

            A razão argumenta que o universo deve ter tido um principio. Todo efeito deve ter uma causa suficiente. O universo, sendo o efeito, por conseguinte deve ter uma causa.         Se for possível provar que o Universo é produto de uma evolução, não poderemos então, tirar deste universo prova alguma da existência de Deus. Mas se ficar, demonstrado que o Universo não é, nem tão pouco pode ser produto de uma simples evolução, termos razão de procurar nele as provas da existência de Deus.
               
Segundo a teoria atômica 92 elementos químicos irredutíveis combinaram-se dando origem ao universo. Crer em tal teoria é fazer de cada átomo um deus, e, assim multiplicar o problema 92 vezes.

            Segundo o modelo, que é no que nós acreditamos, Deus é criador de todas as coisas. Cada efeito tem a sua causa correspondente e a causa não pode ser menor que o efeito. Tudo que se encontra no efeito acha-se na causa.

            Suponhamos que fôssemos astronautas e que devêssemos embarcar hoje num “táxi espacial” que nos levasse à estrela Sírius, a mais brilhante do céu. Viajaríamos com a incrível velocidade de 300000 km por segundo, ou seja a velocidade da luz. Apesar disso levaríamos oito anos para chegar lá!
            O universo é um sistema de milhares e milhões de galáxias. Cada uma delas se compõe de milhares e milhões de estrelas, sendo o sol a maior delas. O universo, além de ser grande e imenso, revela em si mesmo a evidência de ser uma obra dum ser inteligente. Não é possível admitir que a ordem perfeita que encontramos no universo seja o resultado de uma força irracional.

B) O Argumento Ontológico ou da Crença Universal

            Este argumento tem sido apresentado de diversas formas, por diferentes pensadores. Em sua mais refinada forma, coube a Anselmo, teólogo e filósofo agostinista italiano apresentá-lo. Segundo este argumento o homem tem imanente em si a idéia de um ser absolutamente perfeito, e por conseguinte deve existir um ser absolutamente perfeito. Em todos os lugares, em todas os tempos, entre todos os povos houve uma crença na existência de Deus. Dizer que Deus não existe é supor que os egípcios, os babilônios, os hebreus, os gregos, os romanos e todos os povos modernos se acham enganados neste ponto.

            Será possível supor que todos os homens dos quais nos fala a história universal que falaram e acreditaram em Deus foram iludidos? Se a história universal não prova a existência de Deus, ela não pode provar coisa alguma. Se Deus não existe, não há meio de explicar a história.

C) O Argumento Teleológico

            Este argumento mostra que o mundo ao ser considerado sob qualquer  aspecto revela inteligência, ordem, propósito, denotando assim a existência de um ser sábio. Por exemplo, o homem para viver, consome o ar, do qual retira todo o oxigênio, resultando disso o dióxido de carbono, inútil ao ser humano. As plantas, por sua vez, consomem o dióxido como elemento essencial, e produzem daí o oxigênio, que será novamente consumido pelo homem.

D) O Argumento Moral

            O homem dispõe de natureza moral, isto é, a sua vida é regulada por conceitos do bem e do mal. Ele reconhece que há um caminho reto de ação que deve seguir e um caminho errado que deve evitar. Qual a conclusão que se tira deste conhecimento universal do bem e do mal? Que há um Legislador que idealizou uma norma de conduta para o homem e fez a natureza humana capaz de compreender esse ideal.


II. A Revelação de Deus

            Deus não apenas existe. Ele tem se revelado. “Revelação” tem o sentido de descobrir, descerrar, remover o véu. Quando a Bíblia fala em revelação divina, o pensamento em mente é o de Deus Criador dando a conhecer ao homem o seu poder e glória, sua natureza e caráter, sua vontade, caminhos e planos, sua graça, seu amor, sua misericórdia, em suma, a Si mesmo, a fim  de que os homens possam conhecê-lo. Vejamos com é esta revelação.

1. Através da Natureza

A primeira revelação que Deus deu de Si mesmo foi através das coisas que Ele criou - a natureza. O apóstolo Paulo disse que Deus, seu poder, sua divindade e suas atividades são claramente vistos e entendidos por meio das coisas que Ele criou (Rm 1.18-20). O Rei Davi parece ter inspirado Paulo, quando diz: "Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento a obra das suas mãos (Sl 19.1). Tão nítida e gloriosa é essa manifestação que "Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Sem linguagem, sem fala, ouvem-se as suas vozes" (Sl 19.2,3). "Pela Palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca" (Sl 33.6). Davi ficou maravilhado com a grandeza de Deus, quando viu que tudo era obra apenas dos seus dedos (Sl 8.3).

     
   A natureza, o primeiro livro escrito por Deus, nos diz que há um Deus grande e Todo-Poderoso, mas não declara para quem Ele é nem como obter comunhão com Ele. Deus então escreveu o segundo livro, a Bíblia, como fonte de sua plena revelação.
2. Através da Bíblia

            A mais completa e confiável fonte literária de conhecimento de Deus é a Bíblia. Os resultados que sua leitura tem produzido na vida dos homens provam isto. A Bíblia narra, com beleza singular, a história do amor de Deus para com a humanidade. Ao ler as páginas da Bíblia o coração do leitor arde e quebranta-se, ao tomar conhecimento de um Deus grande e cheio de amor, de um Deus que sempre estendeu sua potente mão em auxílio do homem, apesar de suas rebeliões e ingratidões.

            É impossível à uma pessoa ler a Bíblia e não ser tomada de amor e de um desejo profundo de se aproximar de Deus. Tanto mais quando a Bíblia revela que o homem é feitura das mãos de Deus, e que o espírito que se move no homem provém do sopro de Deus. De longe contemplará o homem à Deus, através das páginas da Bíblia, mas não poderá aproximar-se porque seus pecados lhe separam do seu Criador, à quem ama e deseja (Isaías 59.1,2). Mas, antes que ele se angustie e desespere, a Bíblia lhe ensina como deve aproximar-se de deus (Isaías 55.7), lhe incentiva avançar (Isaías 55.1-3), lhe ensina o caminho (João 14.6) e lhe estimula a confiança (Mateus 11.28; João 6.37).

3. Através de Jesus Cristo

Toda a revelação que a Bíblia faz de Deus se reflete em Jesus Cristo. É, por conseguinte, em Jesus Cristo que todos os anelos espirituais do homem se concretizam. Jesus é o verdadeiro descanso (Mt 11.28,29); é a verdadeira paz (Rm 5.1); é Deus entre nós (Mt 1.23), feito homem para sentir nossas dores, nossas fraquezas, nossas tristezas; a fim de nos proporcionar alívio, fortaleza, alegria, consolo e assistência.

Aos aspectos de Deus que a natureza não revela e que a Bíblia nos dá conhecimento apenas intelectual, em Jesus temos pleno acesso (João 14.6), pois quem vê a Jesus, vê a Deus (João 14.9). Ele revelou a Glória de Deus na terra (João 17.4), por ser o resplendor dessa glória (Hebreus 1.3) e a expressa imagem de Deus (2 Coríntios 4.4).

É confortante saber que em Jesus temos o pleno conhecimento de Deus e nos tornamos alvo singular do seu amor, e que por intermédio dEle jamais seremos rejeitados (Jo 6.37), antes seremos feitos filhos de Deus e herdeiros do seu reino (I Jo 3.1; Gl 3.26).

            4. Deus se revela de muitas formas

Não é possível esgotar os modos de Deus se revelar. Deus revelou-se à nação de Israel (Rm. 3.2; Ne. 9.13); revelou-se aos profetas (Is. 6.1; Jr. 31.3; Ez. 1.26-28; Dn. 10.5,6; Am. 9.1); revelou-se aos apóstolos (Cl. 1.26,27; Gl. 1.11,12); revelou-se à Igreja (Hb. 1.1,2; Jo. 16.13-15). Tudo com o propósito de se dar a conhecer.


III. Os Nomes de Deus – Expressam sua natureza

            Quem e o Que é Deus podem ser perfeitamente compreendidos através do estudo dos nomes de Deus. Na Bíblia, os nomes são dados para fazer conhecer aquilo que vem a existência. Nos tempos do Antigo Testamento os nomes serviam, entre outras coisas, para revelar o caráter e a índole do indivíduo. É assim que, no tocante a Deus, vários termos hebraicos são usados para identificá-lo.

            1. Nomes Genéricos de Deus

            Alguns nomes são usados tanto pela Bíblia, quanto por outros círculos, para se referirem ao Deus verdadeiro, às divindades pagãs, à governantes e à juízes. Por isso tais nomes são chamados genéricos.

            A) EL = Deus
Significa aquele que vai adiante ou começa as coisas. EL é o nome mais usado na Bíblia para mencionar as divindades pagãs. Em relação ao Deus de Israel é usado com várias combinações que revelam atributos.
a.       EL BeritDeus que faz pactos, ou Deus da Aliança (Gn 31.13; 35.1-3).

b.       
c.       EL Olam Deus Eterno (Gn 21.33; Is 40.28).
d.      EL Sale Dues é minha Rocha, o meu Refúgio (Sl 42.9,10).
e.       EL Ro’i Deus da vista (Gn 16.13).
f.       EL Nosse Deus de compaixão (Sl 99.8).
g.       EL Qana Deus zeloso (Ex 20.5; 34.14).
h.      EL Ne’eman Deus de graça e misericórdia (Dt 7.9).

Em nossas Bíblias em português o nome EL está sempre transliterado para DEUS. Nas indicações anteriores, portanto, não se encontrará o nome EL, mas o nome DEUS. Somente nas versões em hebraico é se poderá encontrar o nome EL.

B) EL-Elyon = Deus Altíssimo
            Elyon é um adjetivo derivado do verbo hebraico alá, que significa “subir”, “ser elevado” e designa Deus como o Alto e Excelente, o Deus Glorioso. Era assim que Melquisedeque conhecia Deus (Gn 14.19,20). Em Isaías 14.14 o nome ELYON aparece sozinho, já nas passagens de Nm 24.16; Dt 32.8; Sl 7.17; 9.2; 57.2; Dn 7.18,22,27 aparece combinado com outros nomes de Deus.

C) ELOAH (Elohim) = Deus
            Derivado também do verbo alá, só que substantivado, significa “ser adorado, ser excelente, temido e reverenciado”. No singular (Eloah) aparece 57 vezes no Antigo Testamento, enquanto no plural aparece 2.498 vezes. Em Gênesis 1.1 é usado para expressar o conceito universal da Deidade.

            2. Nomes Específicos de Deus

            São aqueles que a Bíblia usa para designar especificamente o Deus verdadeiro. Tais nomes devem inspirar temor e confiança convidar à adoração, por isso se aplicam exclusivamente ao Deus verdadeiro. São eles EL SHADAY, ADHONAY, YAWEH e YAWEH DOS EXÉRCITOS.

            A) El Shadday = Deus Todo-Poderoso
            Esse nome está relacionado com a Onipotência de Deus e o revela como aquele que pode fazer qualquer coisa difícil com a mesma facilidade com que realiza as coisas mais simples. Seu nome Todo-Poderoso sugere que todos os seus atos são feitos sem esforço, que Deus não desgasta sua energia nem precisa recuperar forças, nem buscar fora de si mesmo uma renovação de poder. Todo poder está plenamente contido dentro do seu próprio Ser.

            O nome El Shadday era apropriado para o período patriarcal, durante o qual os patriarcas viviam numa terra estranha e rodeados por nações idólatras e hostis. Eles precisavam saber que o seu Deus era o Todo-Poderoso (Gn 17.1; 49.25; Nm 24.4; Rt 1.20,21; Sl 91.1; Is 13.6; Ez 1.24; Jl 1.15).

            B) Adhonay = Senhor
            Adhonay é um nome de Deus, e não meramente um pronome de tratamento, e nele se expressa a soberania de Deus no Universo (Gn 18.3; Is 3.18; 6.1; Dn 9.16). Para os Judeus, tanto Adhonay quanto Yaweh são nomes sagrados e não devem ser pronunciados no quotidiano. Em que pese as controvérsias existentes em torno do nome Adhonay, os melhores eruditos afirmam que se trata de nome próprio e que os Judeus, para incorrem no erro de pronunciar o nome de Deus em vão, usavam o nome ADHOM (de onde vem Adhonay), que significa literalmente MESTRE.

            C) Yaweh = Senhor
            O nome inefável de Deus é escrito no idioma hebraico com as consoantes  יהוה          que são transliteradas por YHWH. Por temor, os judeus nunca pronunciam esse nome, substituem-no por ha’Shem, que significa o nome, ou por Adhonay, que significa Senhor.

Nas traduções atuais, o nome YHWH está traduzido e transliterado por SENHOR e às vezes por Jeová. Isto se deve ao fato de os rabinos, ao vocalizarem o Antigo Testamento (o hebraico não possui vogais), por volta do século IX, porem no Tetragrama (o nome de Deus = YHWH) as vogais de Adhonay, para se lembrarem que não podiam pronunciar o nome inefável de Deus. Os tradutores desconheceram isso por muito tempo, por isso quando traduziam o nome de Deus, vertiam para o nome YEHOWAH ou Senhor.
Mas, foi com o nome YHWH (YAWEH, ou Javé) que Deus se revelou a Moisés (Ex 3.14). No Salmo 68.4, esse nome está abreviado para JÁ; em outros salmos, a expressão aleluia, que significa louvai ao Senhor, traz o sufixo “já”, com referência ao nome de Deus.

Sabemos, hoje, que o nome de Deus (YHWH) tem sua origem no verbo ser (hayah em hebraico) e inclui os três tempos desse verbo - passado, presente e futuro. Isto quer dizer: Eu me manifestei, me manifesto e ainda manifestarei.

Deus se deus a conhecer, nos tempos do Antigo Testamento, por vários nomes inerentes à sua natureza e à circunstância de sua revelação. Assim, seu nome inefável aprece associado aos nomes:

a)      Yahweh Yireh – O Senhor Proverá (Gn 22.14).
b)      Yahweh Rafá – O Senhor que Sara (Ex 15.26.
c)      Yahweh Shalom – O Senhor é Paz (Jz 6.24).
d)      Yahweh Ra’ah – O Senhor é meu Pastor (Sl 23.1).
e)      Yaweh Tsidkenu  - O Senhor, justiça nossa (Jr 23.6).
f)       Yahweh  Nissi – O Senhor é a minha Bandeira (Ex 17.15).
g)      Yahweh Shammah – O Senhor está ali (Ez 48.35).

Dessa forma, o nome de Deus, associados à outros circunstancialmente, é também um convite e um desafio à experiência espiritual.


IV. Os Atributos de Deus
                       
            Atributo é aquilo que é próprio de um ser. Emblema, distintivo, símbolo. São classificados em: a) Atributos sem relação entre si, ou seja, o que Deus é em si próprio, à parte da criação; b) Atributos ativos , ou seja, o que Deus é em relação ao Universo; c) Atributos morais, ou seja, o que Deus é em relação aos seres morais criados por Ele.

1. Atributos não  Relacionais (A Natureza Intima de Deus)

            a) Espiritualidade
Deus é Espírito (Jo. 4.24). Deus é Espírito com personalidade, Ele pensa, sente, fala; portanto, pode ter comunhão direta com suas criaturas feitas à sua imagem. Sendo Espirito, Deus não está sujeito às limitações às quais estão sujeitos os seres humanos dotados de corpo físico. Este ensino (que Deus é Espírito), não implica que Deus tenha uma existência indefinida e irreal, pois Jesus se referiu à forma de Deus (Jo. 5.37).
           
            b) Infinitude
Deus é infinito, isto é, não está sujeito as limitações naturais e humanas. A sua infinitude é vista sob dois aspectos: (1) em relação ao espaço. Deus caracteriza-se pela imensidade (I Rs 8.27); isto é, a natureza da Divindade esta presente de modo igual em todo espaço infinito e em todas as partes. (2) em relação ao tempo, Deus é eterno.(Ex. 15.18; Dt. 33.27; Ne. 5.5). Ele existe desde a eternidade e existirá por toda a eternidade.

            c) Unicidade
Deus é o único Deus (Ex. 20.3; Dt. 4.35; Dt. 6.4; I Sm. 7.22; I Tm. 1.17). Não há nenhuma contradição entre este ensino da unidade de Deus e o ensino da Trindade do Novo Testamento. Há a unidade absoluta e
2. Atributos Ativos (Deus e o Universo)

            a) Onipotência
Deus é onipotente (Gn. 1.1; 17.1; Ex. 15.17; Dt. 3.24). Isto quer dizer que Ele tem todo o poder. A onipotência de Deus significa (1) sua liberdade e poder para fazer tudo que esteja em harmonia com a sua natureza. (2) seu controle e sabedoria sobre tudo que existe ou que pode existir. Mas mesmo assim, por que se pratica o mal neste mundo? É porque Deus dotou o homem de livre arbítrio, cujo arbítrio Deus não violará. Ele permite os atos maus, mas com um sábio propósito de, finalmente, dominar todo o mal.

            b) Onipresença
Deus é onipresente, isto é, o espaço material não o limita em ponto algum (Gn 28.15,16; Js. 2.11). Há diferença entre imensidade e onipresença. Imensidade é a presença de Deus em relação ao espaço, enquanto onipresença é a sua presença considerada em relação às criaturas. Embora Deus esteja em todo lugar, ele não habita em todo lugar. Somente ao entrar em relação pessoal com um grupo ou com um indivíduo se diz que ele habita com eles.

            c) Onisciência
Deus é onisciente, porque conhece todas as coisas (Gn. 18.18; II Rs. 8.10; Sl 94.9). Não há uma cidade, uma vila, uma casa sobre a qual não estejam os olhos de Deus. Não existe uma só emoção, impulso ou pensamento dos quais Ele não tenha conhecimento.

            d) Sabedoria
Deus é sábio. ( SL. 10.4; Pv. 3.19; Dn. 2.20,21). A sabedoria de Deus esta relacionada com a Sua inteligência tal como se revela na adaptação dos meios aos fins. Isto quer dizer que Deus sempre se empenha pelos melhores fins possíveis e escolhe os melhores meios para a realização do seu propósito.

            e) Soberania
Deus é soberano, isto quer dizer que Ele tem o direito absoluto de governar suas criaturas e delas dispor como lhe apraz (Dn. 4.35; Mt. 20.15; Rm.9.21).

3. Atributos Morais (Deus e as Criaturas Morais)

            a) Santidade
Deus é santo. (Ex. 15.11; Lv. 11.44; Is. 6.3; Lc. 1.49; Ap. 4.80. A santidade de Deus significa a sua absoluta pureza moral.; Ele não pode pecar nem tolerar o pecado. O sentido original da palavra santo é “separado”. Em que sentido Deus está separado do homem? Ele está separado do homem no espaço - Ele está no céu, o homem na terra. Ele está separado do homem quanto à natureza - Ele é perfeito, o homem é pecaminoso.

            b) Justiça
Deus é justo. Qual a diferença entre santidade e justiça? Ä justiça é a santidade em ação” (GN. 18.25). Deus é justo. Ele livra o inocente, condena o ímpio, perdoa o penitente, castiga e julga seu povo. Deus não somente é justo, como Ele requer justiça.

            c) Fidelidade
Deus é fiel. Ele é absolutamente digno de confiança; as suas palavras não falharão (Ex. 34.6; Dt. 4.31; Mq. 7.20; I Ped. 4.19).

            d) Misericórdia
Misericórdia é sentimento de dó pela miserabilidade de alguém. Uma das mais belas descrições da misericórdia de Deus encontra-se no Salmo 103.8-18. A melhor compreensão dessa qualidade de Deus pode ser vista em Lamentações 3.22. Significa que, por causa das suas misericórdias, Deus não nos dá o mal que merecemos.
                       
            e) Amor
Deus é amor. Tudo em Deus se move pelo amor até mesmo a disciplina, pois em I Jo. 4.8 diz que Deus é amor.

            f) Bondade
Deus é bom. A bondade de Deus é o atributo em razão do qual Ele concede vida e outras bênçãos às suas criaturas (Sl. 25.8; Na. 1.7; Sl. 145.9).

V. A Trindade de Deus

            A Bíblia ensina que Deus é um. Mas Ele é uma unidade composta. A isto chamamos Trindade. É verdade que a palavra “trindade” não aparece no Novo Testamento, pois é uma expressão teológica, que surgiu no segundo século para descrever a Divindade. Mas o planeta Júpiter existiu antes de receber este nome, assim a doutrina da Trindade encontrava-se na Bíblia antes que fosse tecnicamente chamada Trindade.

1. A Doutrina  Definida
            Trindade é a doutrina cristã, segundo a qual a divindade, embora uma em sua essência, subsiste nas pessoas do Pai, do Filho e do Espirito Santo. Não são três Deuses. São três pessoas e uma só Divindade.

2. A Doutrina  Provada
            No Antigo Testamento aparece a trindade no primeiro capítulo da Bíblia. A palavra usada em Gn 1.1 para pronunciar o nome de Deus é “ELOHIM” que literalmente quer dizer “deuses”. É uma palavra plural, portanto uma referência à trindade. Se vê prenúncios da Trindade em vários outros textos do Antigo Testamento, mas destacamos os seguintes: a tríplice benção de Nm. 6.24-26 e a tríplice doxologia de Is. 6.3. No Novo Testamento também se evidencia a doutrina da Trindade. Logo em Mateus vemos Jesus sendo batizado, o Pai confirmando do céu e o Espirito Santo em forma corpórea de uma pomba (Mt. 3.16,17). Também em Mt. 28.19, na grande comissão se vê claramente a Trindade. Além de II Cor. 13.13.

3. A Doutrina  Ilustrada
            Pode se ilustrar a Trindade por muitas analogias. A água é uma, mas esta é conhecida também sob três formas: água, gelo e vapor. O triângulo tem três lados e três ângulos, tirai-lhe um lado e não mais é triângulo. Onde há três ângulos, há um triângulo. O homem é um, porém constituído de três partes; espirito, alma e corpo. O nosso governo é um, mas é constituído de três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.





Um comentário:

  1. gostaria de saber se vocês tem a teologia sistemática completa, gostei desta parte e queria o restante da trindade.

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