terça-feira, 30 de novembro de 2010

GALERIA DE FOTOS DA AD DE UIBAÍ


FESTA COM AS CRIANÇAS/MÊS DE OUTUBRO DE 2010 - AD DE UIBAÍ



















CULTO DE JOVENS MÊS DE OUTUBRO DE 2010











Foi tremendo!


3º ENCONTRO DE JOVENS - 2010














Deus fez coisas grandes nestes dias. Aleluia!
1º AVIVAR

DIAS 07,08,09,10 E 12 DE DEZEMBRO DE 2010

TEMPLO DA AD DE UIBAÍ

PARTICIPE!

GUNNAR VINGREN E DANIEL BERG

Os pioneiros Gunnar Vingren e Daniel Berg


A longa Jornada

Na gigantesca onda de imigrantes que, em fins do século XIX e início do século XX, a sonhar com melhor futuro, deixaram a Suécia em busca de emprego nos Estados Unidos, estavam dois jovens que jamais se haviam encontrado em sua terra.

A Infância Cristã

O mais velho, exemplar filho de crentes, aos 18 anos batizado em águas, teve como berço uma localidade chamada Ostra Husby, em Ostergotland. O outro, também de família evangélica (batista), viveu, igualmente, uma infância de verdadeiro cristão, e com apenas 15 anos de idade se fez batizar. Seus nomes: Daniel e Gunnar. Aquele, até o início da juventude residiu no torrão natal, Vargon ("Ilha do Lobo"), onde lobos não havia; ao contrário, vivia-se cercado de bonança por todos os lados - sem perspectivas, porém, de dias melhores.
Sem que eles, então, nem de longe pressentissem qualquer sinal, ao conduzi-los ao outro continente, a mão de Deus, desde cedo, começou a direcioná-los para inimagináveis pontos de convergência. Nestes estava, inclusive, embora em segundo plano, um amigo de infância de Daniel - Lewi Pethrus -, que lhe propiciou ter "o primeiro contato com a obra pentecostal e sua mensagem". Pethrus viria ao Brasil, pela primeira vez, quando a Obra de Deus iniciada pelos dois missionários passava provavelmente pela sua maior crise, e ajudou a orientá-la nos rumos que a levariam a ser - sob o aspecto numérico, pelo menos - a mais importante comunidade pentecostal de todos os tempos.

A Terra Natal

Em suas memórias, Daniel, que sempre nutriu acendrado amor por sua terra retrata o cenário da infância: "... para mim, Vargon é um desses lugares mais lindos da Suécia"; e tenta consertar o seu arroubo:"... sem que vá nesta declaração qualquer manifestação de bairrismo..."Ele continua, a enforcar seu berço, como o fazia saudoso, no Brasil, sem permitir porém que o apego às suas raízes interferisse na grande chamada: "Vargon tem a um lado o lago Varnern, do qual a cidade mais próxima, Vanersborg, tomou o nome. Do outro lado estão situadas as montanhas Hunnebeg e Halleberg, lugares prediletos dos reis da Suécia para realizar caçadas. Nós, as crianças, durante o verão e o outono, passávamos todas as horas de férias nessas montanhas, contemplando as fontes abundantes e os lagos cristalinos." Quão diverso, esse cenário, daquele em que, sob as mais duras provações, iria ser protagonista de um acontecimento que viria a comover milhões de brasileiros!
Daniel embarcou, a 5 de março de 1902, em Gotemburgo, rumo aos Estados Unidos, em sua primeira viagem marítima, a que muitas outras se seguiriam, como obreiro do Senhor. O dia estava frio e o "Romero" começou a afastar-se do ponto. "Mesmo que eu me arrependesse de haver embarcado", recorda o sueco apegado ao seu país, "já era tarde para mudar de idéia." Procurava tranqüilizar-se: "Pensei, então, comigo mesmo, que não veria a primavera sueca naquele ano, quiçá, nem no ano seguinte. Sabia, isso sim, que ao iniciar a primavera, eu estaria no país dos grandes sonhos e esperanças, a América do Norte. Na América também havia primavera, e, pensei, talvez seja igual na Suécia."
O porto do desembarque era Yorkshire, na embocadura do rio Hull, onde a cidade do mesmo nome vinha a ser uma das mais importantes da Inglaterra. Depois de breve permanência em Hull, Daniel rumaria a Liverpool, então a quarta cidade da Inglaterra em população, de onde embarcou, a 11 de março, com destino aos Estados Unidos. Era a velha cidade de Boston, arquitetonicamente e sob o aspecto urbanístico bem britânica, que se lhe descortinava, dias depois de deixar o Velho Mundo. Logo, estaria em Providence, Estado de Rhode Island, onde, com a ajuda de amigos, obteve emprego em uma fazenda.

Vingren nos EUA

Gunnar Vingren viajou para Gotemburgo em meados de 1903. No dia 30 de junho tomava o vapor que o levaria à mesma cidade de Hull, por onde no ano anterior passara Daniel. E não se tratava de mera coincidência. Era a mão de Deus dando continuidade aos mais altos desígnios. De trem continuou até liverpool e, novamente, por via marítima prosseguiu em sua jornada até Boston. Mas precisou viajar mais, com destino à casa do seu tio Carl, residente em Kansas City, onde chegou em 19 de novembro, após dezenove dias de viagem.
Logo, Gunnar conseguiu empregar-se, até o verão, como foguista em Greenhouse. No inverno, viria a trabalhar como porteiro de uma loja e jardineiro. Na condição de estrangeiro, sobravam-lhe, como sempre acontece, as ocupações mais modestas. Em fevereiro de 1904, ei-lo a caminho de outro endereço, em busca de seu ganha-pão: a cidade de St. Louis, onde passou a trabalhar no Jardim Botânico.

A "Chamada Equivocada"

Um tio de Gunnar Vingren havia sido missionário na China; e ele começou a cogitar de tomar o mesmo destino. Mas o Senhor falou-lhe ao coração, demovendo-o daquele propósito. Uma vez batizado no Espírito Santo, Gunnar iria sentir-se em plena sintonia com os recados de Deus. Ele fez o curso teológico em Chicago, no Seminário Batista Sueco, de setembro de 1904 a 1909. A isso fora exortado, quando pertencia à Igreja Batista. Nesse período, como estagiário, pregava em vários lugares: na Primeira Igreja Batista em Chicago, Michigan, em Sycamore, Illinois; Blue Island. Nos últimos estágios pastoreou a igreja em Mountaim, Michigan. Estava intelectualmente preparado, adquirira alguma experiência pastoral, mas ainda carecia de algo para estar pronto.
Ao resisitir, por fim, à determinação dos ministros quanto à sua viagem para a China - pois o que lhe ia no coração nada tinha a ver com o multissecular país - sérias consequências o envolveram. Foi-se-lhe inclusive a noiva, que aspirava acompanhá-lo ao Oriente e, desatendida, optou pelo rompimento do compromisso...

De volta à Suécia

As saudades da família, de sua bucólica Vargon, falaram a Daniel tão fortemente que um dia, em 1908, regressou. Embora pudesse parecer estranho esse capítulo de sua história, um retrocesso, mais uma vez era o Senhor articulando todos os seus passos.
Informado do destino de seu amigo Lewi Pethrus, desejou Daniel viajar ao seu encontro. Pethrus, que vivia numa cidade próxima, onde pregava o Evangelho, falou-lhe das doutrinas pentecostais. No regresso aos EUA, em 1909, Daniel recebeu o batismo no Espírito Santo.

O grande Avivamento

Era tempo de um grande avivamento nos Estados Unidos, exatamente o país onde Daniel havia estado e aonde agora retornava. Em muitas igrejas tradicionais, crescia o número dos que recebiam a promessa pentecostal. A princípio, eles não se afastavam de suas comunidades, mas começaram a ter encontros em que, com maior liberdade, ouvia-se sobre o Evangelho Pleno, viam-se e ouviam-se homens, mulheres e crianças a falar em línguas, a receberem a cura divina. Muitos outros buscavam, e também recebiam o que Jesus prometera antes de sua ascensão.
Em 1854, a chama pentecostal havia crepitado mais fortemente na Nova Inglaterra (Bostom e adjacências); em 1892, na cidade de Moarehead; em 1903, em Galena, Kansas; em Orchard e Houstok, nos anos de 1904 e 1905. Tão perto do Pentecoste, no entanto ele precisou atravessar o oceano para encontrá-lo...

Sintonia com Deus

Após uma semana convencional, o poder de Deus envolveu a Vingren, extraordinariamente. Mais tarde, pôde entender o que o Espírito Santo desejava dizer-lhe: uma irmã com o dom de interpretação de línguas foi usada pelo Senhor para dar-lhe ciência de que antes de seguir ao campo missionário, deveria ser revestido de poder. Em novembro do mesmo ano (1909), recebeu o revestimento de poder.
Agora, Daniel e Gunnar tinham alguma coisa mais em comum, além da condição de patrícios, servos do Senhor e imigrantes no mesmo país. Com apenas um ano de diferença, eram ambos batizados no Espírito Santo, falavam línguas estranhas.

UNIDOS POR DEUS

Passos Convergentes

Faltava pouco, agora, para o encontro. E isto aconteceu também em 1909, em Chicago, como participantes de uma conferência.
Depois de longo diálogo, em que cada vez mais se identificavam e se compenetravam da chamada de Deus, passaram a orar diariamente, em busca de completa orientação do Alto.

Um Nome no Sonho: Pará

Alguns dias se passaram, até quando um crente batizado no Espírito Santo, chamado Adolfo Uldin, narrou-lhes um sonho, em que os dois amigos eram personagens, e em que lhe aparecera, bem legível, um nome muito estranho: Pará. Uldin jamais lera ou ouvira tal palavra. Mas, entendeu tratrar-se de um lugar. Daniel e Vingren compreenderam que era a resposta de Deus às suas muitas orações. No dia segunite, dirigiram-se a uma biblioteca, a fim de consultar os mapas. Ao verificarem a distância do país em que ficava o Pará, chegaram a ser abalados pelas dúvidas, mas após uma semana de oração convenceram-se quanto ao destino a tomar.
A decisão se tornara irreversível. E Deus continuou a dispor marcos no caminhoo dos suecos para que pudessem comprovar a certeza da vontade divina em suas vidas.

A provisão do Senhor

O dinheiro de que dispunham era muito pouco, mas significava mais um indicativo dos rumos a serem tomados: noventa dólares - o preço da passagem até o longínquo país onde havia um lugar chamado Pará. Mas, eis que, com novo teste, Deus voltava a desafiar-lhes a fé: o Senhor ordenava a Vingren doar os noventa dólares ao jornal da igreja do pr. Durham. E Daniel concordou. Eles o visitavam em Chicago, em busca de alguma contribuição para a viagem, "mas", recorda Daniel, "os irmãos não se mostraram muito entusiasmados. Mencionaram dificuldades de clima e predisseram que voltaríamos sem demora. Por isso, não nos garantiram qualquer sustento". Durham limitara-se separá-los para a missão no Brasil.
Em outra igreja da mesma cidade, em um culto de despedida, o pr. B. M. Johnsom - que viria a ajudá-los, quando no Brasil, nos momentos mais difíceis - também nada pôde fazer por eles, mas deixou a congregação à vontade. Caso essa oferta poderiam chegar até Nova York.
Prosseguiram viagem e, numa parada, depararam-se com um amigo de Vingren, que foi logo dizendo:

O Dedo de Deus

"Sabe, irmão Vingren, sonhei com você esta noite, e Deus me falou que eu lhe deveria dar noventa dólares. Hoje de manhã pus o dinheiro em um envelope para remetê-lo...Agora não preciso pagar a remessa". Mais um sinal no caminho: o Senhor lhes falava de modo inusitado, mas quão claramente lhes falava! O dedo de Deus era quase visível.
Uma vez em Nova York, logo começaram a buscar, nas companhias marítimas, suas duas passagens para o dia 5 de novembro. Não tinham dúvidas; a data era exatamente aquela.

Outro Sinal

Em South Band, o Senhor lhes havia dito tudo a respeito, pormenorizadamente. Porém, tantos foram consultados quantos negaram haver partida para 5 de novembro. Finalmente, encontraram um navio inglês que se achava em reparos, não constante das listagens. E o navio, o "Clement", começou a singrar, naquele dia prenunciado, em direção a Belém do Pará.
O dinheiro disponível era suficiente, mas dava apenas para a terceira classe, onde nem sequer mesas e cadeiras existiam. Eram compelidos a viajar no convés, sentados em tonéis, "mas sentíamos o poder de Deus sobre nós ali, e louvávamos ao Senhor, e Ele nos falava dizendo que ia junto conosco e que nos abriria as portas", conta Daniel, "o que alegrava os nossos corações maravilhosamente".

Conversão sobre o Mar

Durante a viagem, um jovem complexado, carrancudo, muito infeliz, pensava em suicidar-se, quando Daniel lhe dirigiu a palavra, e perguntou: "Você tem fé em Deus?" "Quem é Deus?", veio a indagação. A mensagem do missionário tocou-lhe profudamente o coração, ele se pôs a chorar, e aceitou a Cristo como Salvador.

A Chegada ao Brasil

A chegada ocorreu a 19 de novembro de 1910. Tudo era estranhíssimo para os dois suecos. As pessoas malvestidas, os leprosos a desfilar seus corpos mutilados, apresentando pungente espetáculo pelas ruas. Mas o Senhor de fato os enviara, e aqui estava para guardá-los do contágio e, logo, das agressões, ofensas e ameaças. Alguns dos alegres passageiros que com eles chegaram ao porto de Belém nunca imaginaram que viriam a ser infectados, e logo depois teriam seus nomes no rol dos mortos.
No modesto hotel (onde por um dia se hospedaram) consumiram os seus pobres 16 mil réis. Com níqueis restantes, iriam de bonde, no dia seguinte, em busca da residência do pastor metodista Justo Nelson, diretor do jornal que, "casualmente", chegara às mãos de Vingren no quarto onde se haviam hospedado. Para surpresa deles, tratava-se de um conhecido de Vingren, nos Estados Unidos.
Separados para as missões por uma igreja batista, nada mais natural do que encaminhá-los aos irmãos da mesma fé, o que se fez.
No dia seguinte, foram muito bem recebidos pelo missionário Erik Nelson. Este, como eles de nacionalidade sueca, convidou-os a cooperarem no trabalho. E ofereceu-lhes o porão da igeja, onde se alojaram.

Outros Missionários no Brasil

Ao longo dos anos, outros missionários foram chegando. Procediam, principalmente, da Suécia e dos Estados Unidos. O terceiro foi Otto Nelson, em 1914. Seguiram-no: Samuel Nyström (1916) e Samuel Hedlund (1921). Todos dos EUA, chegaram em março de 1921: Nels Nelson, Ana Carlson, Beda Palha, Gay de Vris, Augusto Anderson, Ester Anderson, Vitor Johson e Elizabeth Johnson. Em seguida: Gustavo Nordlund, Herberto Nordlund e Simão Lundgren, os três em 1924. Joel Carlson veio em 1925. Orlando Boyer, enviado pela missão da Igreja de Cristo, unindo-se mais tarde à Assembléia de Deus, veio em 1927. Em 1928, chegavam Nils Kastberg e Algot Svenson. Eurico Aldor Peters desembarcou no Brasil em 1933. Depois destes, Nels Lawrence Olson (1938) e Nils Taranger (1946). Em 1948 vieram Eurico Bergstem e John Peter Kolenda. Carlos Hultgren chegou em 1950. Bernhard Johnson Jr., que já estivera no Brasil na infância, retornou em 1957. As fontes consultadas não dispõem das datas em que pisaram o solo brasileiro os missionários Anders Johnson, Walter Goodband e Erna Miller, mas estes já estavam aqui em 1934. Outros deram sua contribuição à evangelização dos brasileiros, como John Aenis, Albert Widner, Guilherme Treffut, Victor Jansson, Simão Sjögren, Nina Englund, Horace S. Ward, Albert Widmer, Cecilia e Anderson Johansson.

Centenário das Assembléias de Deus no Brasil


A Assembleia de Deus em Belém completará 100 anos, sendo a única no Brasil que poderá celebrar o Centenário em 11 de junho de 2011. Ela nasceu em Belém do Pará, de onde se espalhou para todo o Brasil e o mundo, existindo atualmente em 176 países. Isso é uma honra inominável a esta cidade escolhida por Deus para o início do maior e mais significativo movimento pentecostal de todos os tempos. Glória a Deus por isso!
No entanto, pasmem todos. Nossas autoridades ignoram a nossa importância histórica, nos discriminam, e mais ainda: desprezam-nos e fazem pouco caso de nossa Igreja.
Há um ano e meio temos tentando conversar com Sua Excelência, a governadora Ana Júlia, sobre o Centenário da Assembleia de Deus, mas não conseguimos. Toda semana alguém liga e marca “hoje”, mas depois cancela inexplicavelmente, sempre usando o nome da governadora e do seu chefe da Casa Civil, Claudio Puty. Embora estejam brincando conosco, nós não estamos brincando de fazer Centenário.
Nas festas dos 97 e 98 anos da Igreja, nós recebemos as autoridades governamentais com bastante carinho, com honra e respeito, as quais sempre nos disseram publicamente que iriam nos ajudar, mas depois desapareceram como se não tivessem empenhado a palavra publicamente.
Nunca uma ajuda sequer foi destinada para nossas festas, embora essas mesmas autoridades ajudem a outras confissões religiosas, especialmente a majoritária. Parabéns por isso. Mas fazer vista grossa e jamais destinar uma ajuda institucional sequer à única Igreja que nasceu na cidade de Belém do Pará, e que daqui se expandiu para muitas nações é, no mínimo, uma flagrante injustiça histórica.
Mais que injustiça e má vontade, isso é também ingratidão. A Igreja se privou de utilizar um prédio de sua propriedade, a fim de alugá-lo para o governo do estado, onde hoje funciona a COES – Coordenadoria de Educação Especial, em atendimento a uma solicitação para suprir uma necessidade urgente da SEDUC, mas desde agosto de 2008 o governo não paga os aluguéis e não dá qualquer explicação.
O importante é que o Centenário vai acontecer, quer nos ajudem ou não. A Assembleia de Deus merece o respeito que lha devemos. Nós estamos falando em construir uma “Avenida Centenário”, que vamos pagar com o nosso suor e sangue, porque há muitos anos estamos pedindo ao poder público que troque o nome da rua do quarteirão do nosso templo para o nome de “Rua Gunnar Vingren e Daniel Berg”, ou para “Avenida Assembleia de Deus”, mas não o conseguimos. Mas troca-se, por exemplo, o nome da Magalhães Barata para “Nazaré”; o nome da 1º de Dezembro foi mudando para “João Paulo II” com extrema facilidade. E nós vamos completar 100 anos e não somos sequer ouvidos.
Em todos os livros de História que falam da Assembleia de Deus em todos os municípios brasileiros e em todos os países do mundo lê-se que a Assembleia de Deus nasceu em Belém do Pará, e nós levamos o nome de nossa cidade e de nosso estado com honra ao mundo todo, representando-os dignamente, mas não merecemos sequer esta distinção histórica.
Nossa Igreja terá de gastar R$ 2 milhões, oriundos de ofertas de gente pobre, do sacrifício de muitos que crêem nessa obra, para fazer uma pequena rua chamada “Avenida Centenário da Assembleia de Deus” porque o poder público tem se mostrado totalmente insensível a este importante segmento da nossa sociedade. Que tristeza!
Permitam a nossa indignação, como representante desse segmento que representa no mínimo 10% da sociedade, mas que não tem o direito de falar com a sua governante, pois há um monte de intermediários que telefonam e cancelam, telefonam e cancelam, como se fosse uma brincadeira, e de fato é uma brincadeira de extremo mau gosto. Nós não admitimos esse tipo de tratamento com uma instituição belenense, paraense, tão conhecida ou mais conhecida no mundo que castanha do Pará ou açaí.
A Assembleia de Deus é um grandioso movimento de inclusão social: todos os anos são milhões de pessoas transformadas pela pregação da palavra de Deus, que tem o condão de poupar aos cofres públicos o gasto de muitos bilhões de Reais com criminalidade e reestruturação social de famílias. Isso, por si só, já ensejaria uma atenção condizente com a obra que fazemos e que beneficia a toda a sociedade.
Lamentamos profundamente que o Brasil e o mundo saibam agora, e desse modo, como é que o poder público está tratando o nosso Centenário, fazendo com que tenhamos o maior sacrifício para realizar tudo com as nossas próprias mãos. Mas não tem problema, esperamos que haja uma reconsideração por parte das autoridades.
O nosso Centenário vai ser de lutas e de trabalho e de construções, mas também da verdade. Nós não vamos ficar calados, pois falaremos com toda a sociedade, já que não é possível uma conversa pessoal com nossas autoridades, à qual temos direito, como cidadãos responsáveis deste estado.
Se isso sensibilizar o poder público, tudo bem. Se não, vamos continuar com as nossas forças, e uma multidão de todo o Brasil virá participar, mesmo que tenhamos de pagar tudo isso com os nossos parcos recursos.
No próximo artigo trataremos mais amiúde das outras questões. Antes, porém, esperamos que respondam a estas perguntas que não querem calar: Por que a discriminação? A quem interessa essa injustiça?
E-mail: samuelcamara@boasnovas.tv

Samuel Câmara
Pastor da Assembleia de Deus em Belém

sábado, 27 de novembro de 2010

CINCO INGREDIENTES INDISPENSÁVEIS PARA A REALIZAÇÃO DA OBRA DE DEUS

CINCO INGREDIENTES INDISPENSÁVEIS PARA A REALIZAÇÃO DA OBRA DE DEUS
1  - Visão
2  - Oração
3  - Relacionamentos Firmes
4  - Estratégia
5  - Ação
1 - VISÃO
O ingrediente número um para que a obra de Deus seja feita é a visão.
O arquiteto, antes de construir, desenha planos - faz um projeto completo. Deus, antes da criação do universo tinha um propósito eterno, uma clara e definida visão do que queria construir para a eternidade. Ef 1:4-14.
Jesus, ao vir ao mundo, antes de iniciar seu ministério, tinha uma clara visão do que vinha edificar.
A palavra que sintetiza a VISÃO DE DEUS e do Senhor Jesus é a palavra IGREJA.
Cristo declarou: "...Eu edificarei minha Igreja... " Mt 16:18
O QUE É A IGREJA?
Hoje, equivocadamente, se chama Igreja a um edifício material onde as pessoas se reúnem para realizar um culto ao Senhor. (Esses lugares não são nem igreja, nem templos, nem casas de oração).
A igreja é a comunidade de homens e mulheres que, reconhecendo a Cristo como Senhor, têm nascido de novo e juntos formam o povo de Deus.
A) - AS TRÊS CARACTERÍSTICAS DA IGREJA - Rm 8:28,29
-  Qualidade - Ef 1:4; 3:16,17; 4:13:22-24ss; 5:25-27. -Unidade -Ef 1:9-10; 2:14-16; 3:6,7,18 e 19;4:1-6;1 3-16.
-  Quantidade - Ef 1:13; 2:11-13,17; 3:8,9; 6:18-20.
   Em João 17:
v. 15-17 - Qualidade-—> "... Santifica-os..."
v. 21-23 - Unidade ---- >   "...para que todos sejam um..."
v. 21      - Quantidade -->  ".. .para que o mundo creia..."
QUALIDADE que produz UNIDADE que produz QUANTIDADE
   Em 1 Coríntios 3:
v. 12 - Qualidade---- > "... ouro, prata, pedras preciosas ..."
v. 3-8 -Unidade ----- > (a falta de unidade revela falta de qualidade) "...sois carnais..."
v. 10 - Quantidade —> "...cada um veja como edifica..."
   Em Apocalipse 21:9-21:
Visão da Igreja, da Esposa do Cordeiro: "...me mostrou a grande cidade santa... " (v. 10). Na descrição que segue da Igreja se pode ver as três características de qualidade, unidade e quantidade.
B) - A COMUNIDADE QUE DEUS SE PROPÔS LEVANTAR
De acordo com as Sagradas Escrituras, Jesus Cristo quer levantar uma igreja gloriosa e santa, sem mancha, nem ruga ou coisa semelhante (Ef 5:26,27); edificada com ouro, prata e pedras preciosas (1 Coríntios 3:11-15); até que todos cheguemos ... à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4:13). Em termos práticos isto significa uma igreja integrada por famílias que vivem em paz e harmonia. Maridos ternos, sábios, amáveis. Esposas submissas, de caráter afável e aprazível. Filhos respeitosos e obedientes. Rapazes e moças que cheguem virgens ao casamento. Anciões honráveis e venerados pelos mais jovens. Crianças felizes criadas no amor e temor do Senhor. Homens trabalhadores, responsáveis, diligentes e fiéis. Mulheres virtuosas, alegres, cheias de boas obras. Um povo diferente, formado por discípulos que aprendem a ser humildes, pacientes, mansos, justos, generosos, sinceros, bons, felizes, honrados, íntegros. Discípulos cujo estilo de vida é amar, perdoar, servir, confessar suas faltas, obedecer, cumprir, sujeitar-se às autoridades, pagar seus impostos, ser sempre verazes, confiar em Deus, amar seu próximo, ajudar, compartilhar com os necessitados, chorar com os que choram, alegrar-se com os que riem, ser um com os irmãos, devolver bem por mal, sofrer as injustiças, dar graças sempre por tudo, vencer a tentação, viver no gozo do Senhor, orar sem cessar, dar testemunho de Jesus Cristo, ganhar outros para Cristo, fazer discípulos, pôr seu dinheiro e seus bens a serviço dos irmãos, e sobre todas as coisas, amar a Deus com todo o seu ser. Na medida em que progredimos em qualidade, progrediremos em unidade. Porque a unidade é fruto da qualidade, assim como a divisão é evidência de imaturidade e carnalidade (1 Coríntios 3:1-4). Os filhos de Deus como irmãos que somos, devemos formar uma só família aqui na terra, a família de Deus.
Unicamente assim devolveremos ao Evangelho sua plena credibilidade diante do mundo. "...Que todos sejam um...para que o mundo creia... " (Jo 17:21).
C) - A VISÃO DA IGREJA E DERIVADA DA VISÃO QUE SE TEM DE DEUS
QUALIDADE equivale a SANTIDADE.
Por que santidade? Porque Deus é santo.
Por que unidade? Porque Deus é um.
Porque quantidade? Porque Deus é grande e é AMOR.
A visão vem por revelação: Ef 1:16-18; 3:1-6.

D) - TRÊS ASPECTOS DA IGREJA
FAMÍLIA:  dimensão horizontal  e eterna (Ef 2:19;  3:15)  Somos uma família, uma congregação.
TEMPLO: dimensão vertical e eterna (Ef 2:20-22) Somos um templo ou vamos ao templo? CORPO: dimensão funcional e temporal (Ef 1:22,23; 4:12-16) Funcionamos como um corpo?
Como CORPO devemos funcionar para edificar a igreja em sua dupla dimensão eterna FAMÍLIA e TEMPLO.
CONCLUSÃO: Tenho a visão ou um conceito da visão?

A visão produzirá em mim:
TRANSFORMAÇÃO = viver a visão PAIXÃO = arder pela visão COMPROMISSO = viver para a visão SACRIFÍCIO = morrer pela visão
2 - ORAÇÃO
Este é o segundo ingrediente indispensável para a obra de Deus.
-  Jesus tinha VISÃO ao iniciar seu ministério, mas a primeira coisa que fez depois de ser batizado e ungido pelo Espírito Santo no Jordão foi ir ao deserto para ORAR por quarenta dias. Orar e jejuar.
-  Cada manhã iniciava o dia orando (Mc 1:35)
- Às vezes passava a noite orando (Lc 6:12)
Por que orava se era filho de Deus?
- POR QUE DEVEMOS ORAR ?
1-      Porque somos absolutamente incapazes de realizar a visão (Qualidade, unidade e quantidade).
2-  Porque Deus é o único poderoso e capaz de edificar tal igreja (Ef 3:20)
3-      Porque Deus o fará tão somente se o pedimos em oração. (Mt 18T8-19)1
- COMO DEVEMOS ORAR ?
1-             A sós, em lugar e tempo específico.
2-      Orar sem cessar (1 Ts 5:17; Ef 6:18).

3-      Entre dois ou três irmãos (Mt 18:19-20; At 3:1)
4-  Com um grupo pequeno (At 12:12).
5- Com toda a congregação (At 4:24)
- O QUE DEVEMOS PEDIR?
1-  A intercessão principal deve ser pela realização do propósito eterno de Deus.
2-  Devemos fazer petições gerais e específicas, e persistir até ver seu cumprimento.
3-      Temas de intercessão em várias passagens bíblicas:
> Jo 17 - Santidade, unidade e quantidade.
>  Mt 6:9-13 - A extensão do Reino, necessidades materiais, confissão e
proteção do mal.
>  Mt 9:38 - Envio de obreiros.
>  1 Tm 2:1-4- Pelas autoridades e por todos os homens.
>  Ef 1:16-19 - Por espírito de sabedoria e de revelação.
>  Ef 3:14-21 - Para que sejamos cheios de toda a plenitude de Deus.
>  Ef 6:18-20 - Por intrepidez e graça na evangelização.
>  At 4:29-31 - Para que haja cooperação entre a igreja e o Senhor.
Em nosso meio, em termos gerais, se tem experimentado como igreja mais adoração que intercessão; Deus quer levar-nos para a intercessão sem enfraquecer a adoração.
3 - RELACIONAMENTOS FIRMES
A terceira coisa que Jesus fez ao iniciar seu ministério foi construir relacionamentos firmes com doze discípulos. Para isso assumiu a responsabilidade de estar com os mesmos para formar e ensinar com o seu exemplo e sua palavra, e eles fizeram o compromisso de sujeitar-se ao Senhor e ser seus discípulos.
A obra de Deus se faz com base em relacionamentos firmes, os quais significam: 1-Relacionamentos pessoais definidos e, 2-Relacionamentos comprometidos.
A) - OS RELACIONAMENTOS FIRMES FUNCIONAM EM TRÊS NÍVEIS:
-  Com pessoas mais experientes (em sujeição e compromisso).
-  Com iguais (em sujeição mútua) 2 Tm 2.2.
-  Com mais novos no Evangelho (em responsabilidade) Ef 5:21; 1 Pd 5:5
B) - DIFERENTES RELACIONAMENTOS:
-  Sujeição mútua entre apóstolos.
-  Pastores sob a cobertura de apóstolos e profetas.
-  Evangelistas sob a cobertura de apóstolos.
-  Pastores sujeitos entre si.
-  Diáconos sujeitos a pastores e sujeitos entre si.
- Líderes de grupos sujeitos a pastores e diáconos e sujeitos entre si.
- Discípulos sujeitos a seus discipuladores

> É IMPORTANTE QUE CADA IRMÃO TENHA UM OU DOIS IGUAIS EM SUJEIÇÃO MÚTUA COM OS QUAIS FORME UMA EQUIPE.
>  Todos os membros do corpo devem ter relacionamentos firmes com irmãos mais velhos, com iguais e com mais novos.
>  Todo o corpo bem ajustado e unido entre si por todas as juntas (Ef 4:16; Cl 2:19).
C) - A BASE DE NOSSOS RELACIONAMENTOS:
A base de nossas relações tanto com irmãos mais experientes, como com iguais, como ainda com os mais novos deve ter como base a atitude do Senhor Jesus descrita em Filipenses 2:2-8.
"... completai o meu gozo, para que tenhais o mesmo modo de pensar, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa; nada façais por contenda ou por vanglória, mas com humildade cada um considere os outros superiores a si mesmo; não olhe cada um somente para o que é seu, mas cada qual também para o que é dos outros. Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz ".
         Atitude de unidade - v. 2 = ser um com o irmão
         Atitude de sujeição - v. 7 = Jesus se sujeitou ao Pai mesmo sendo igual.
         Atitude de servo, não de senhor - v. 7
         Atitude de humildade - v. 3,8
         Atitude de amor sacrificial e não de egoísmo - v. 4,8
Somente com base no ESPIRITO DE CRISTO em nós é possível construir relacionamentos para chegar à verdadeira unidade do corpo.
4 - ESTRATÉGIA
Em Ef. 4:7-16 está apresentada a estratégia de Deus para a edificação da VISÃO:
         Aqui a figura dominante é a igreja como CORPO, sua dimensão funcional.
         Cristo é a CABEÇA e cada filho de Deus é um MEMBRO ou uma parte do corpo.
         OBJETIVO DA CABEÇA: a edificação do Corpo. Esse objetivo inclui as três características de qualidade, unidade e quantidade.
         PLANO DA CABEÇA: usar, para edificação do Corpo, a TODOS os membros.
A) - FUNÇÃO DA CABEÇA
1   - Governar o corpo - cada membro;
2   - Dar vida ao corpo - a cada membro até enchê-lo todo (Ef 1:23; 3:19; 4:10);
3   - Dar crescimento ao corpo - a cada membro (Ef 4:15-16);
4   - Dar dons - dotar de graça (habilidade) a cada membro p/ sua função (Ef 4:7-8).
5   - Constituir a uns como apóstolos, outros como profetas, a outros como evangelistas, outros como pastores e mestres (A. P. E. P-M). Tudo isso é função da CABEÇA e não nossa função.
B) - FUNÇÃO DOS APÓSTOLOS, PROFETAS, EVANGELISTAS, PASTORES E MESTRES
-  O objetivo desses quatro ministérios é o mesmo que o de Cristo: a edificação do corpo.
-  O plano deles é o mesmo que o de Cristo: usar a todos os membros do corpo
-  A função deles está indicada no verso 12:
"...a fim de APERFEIÇOAR AOS  SANTOS para a obra do ministério, PARA a  edificação do corpo de Cristo..." - Soe. Bíblica 1960;
"...Capacitar aos santos..." - Bíblia das Américas; "...Equipar aos santos..." - New American Version; "...Reto ordenamento dos santos..." - Bíblia de Jerusalém;
No grego se diz "...para KATARTISMOS DOS SANTOS..".
KATARTIZO, segundo o dicionário grego-espanhol significa: consertar, ordenar, aparelhar, guarnecer, equipar, prover de, preparar, formar um todo, governar, dirigir, restaurar, reparar, colocar em seu lugar.
KATARTISMOS é um substantivo, por isso a antiga versão Reina e Valera traduz: "...para perfeição dos santos...", e vem do verbo AKATARTIZÒ.
As passagens no N T onde se usa este verbo têm sido traduzidas de diversas maneiras e nos dão uma compreensão mais ampla de seu rico significado (Versão 1960 S B):
  Mt. 4:21 - remendavam suas redes - consertavam, limpavam, preparavam suas redes e a
deixavam prontas para serem usadas no dia seguinte (Mc. 1:19);
   Mt. 21:16 - aperfeiçoaste o louvor;
   Lc. 6:40 - o que for aperfeiçoado será como seu mestre;
   Rm. 9:22 - vasos preparados para ira;
   1 Co 1:10 - perfeitamente unidos;
   2 Co 13:11- aperfeiçoa-os;
   Gl 6:1 - restaurai-o;
   1 Ts 3:10 - completemos o que falta de vossa fé;
   Hb 10:5 - me preparaste corpo;
   Hb 11:3 - foi constituído o universo ( formar um todo ordenado e harmónico);
   Hb 13:21 - os faça aptos para toda boa obra (os capacite);
   1 Pd 5:10 - aperfeiçoa-os.

No grego clássico do primeiro século,  segundo Barclay,  katartismos,  ou seu verbo katartizõ, tem dois significados:
1 - Ajustar, por em ordem, restaurar. Exemplo:
1.1- Pacificar uma cidade que está desgarrada ou em facção.
1.2      - Colocar um membro deslocado em seu lugar.
1.3      - Desenvolver certas partes do corpo mediante exercício (treinamento)
2 - Equipar um homem ou habilitar para um propósito determinado. Exemplo:
2.1       - Habilitação, equipamento de um barco, deixá-lo pronto para zarpar.
2.2  - Equipar, armar e formar um exército e prepará-lo para que entre em ação.
RESUMINDO:
A função dos A.P.E.P-M como equipe ministerial é para o KATARTISMOS DO SANTOS:
-> para a obra do ministério -> para edificação do corpo
-    Aperfeiçoar, formar, reparar, restaurar os santos;
-    Preparar, capacitar, treinar, equipar os santos;
-    Ordenar, relacionar, colocar cada membro no seu lugar, formar um todo organizado, organizar os santos. Para que entrem em ação e desempenhem seu ministério na edificação do corpo de Cristo, de modo que na estratégia de Deus toda a Igreja é um seminário, cada irmão é um seminarista e os A.P.E.P-M têm como função primordial aperfeiçoar, capacitar, treinar, relacionar os santos, para que cada um cumpra seu ministério na edificação do corpo.
C) - FUNÇÃO DOS MEMBROS DO CORPO (Ef 4)
-  Cada membro é importante e tem uma função;
-  Cada membro tem recebido de Cristo um dom - v. 7;
-  Cada membro é um obreiro do Senhor - v. 13;
-   Cada membro tem  o ministério  de trabalhar na edificação  do  corpo (Ganhar,
discipular, relacionar);
-     Cada    membro    deve    ser   formado    no    corpo    com    relações    firmes    para
desempenhar seu ministério.
> OBJETIVO DE TODOS OS MEMBROS: v. 13
1  - Chegar à unidade da fé.
2  - Chegar à medida da estatura de Cristo.
> O PROGRAMA DE CRISTO PARA TODOS OS MEMBROS: v. 15
1 - Crescer em tudo em Cristo.
(Em qualidade, em unidade e quantidade)
> O PROCESSO DE CRESCIMENTO: v. 15
1 - Seguindo a verdade em amor.

> AS CONDIÇÕES PARA O CRESCIMENTO:
1-      Sujeição à Cabeça, aos A.P.E.P-M e ao corpo
2-  Funcionamento de cada membro - v. 16
"...Cristo, de quem todo corpo (estando bem ajustado e unido pela coesão que as conjunturas provêm) conforme o funcionamento adequado de cada um produz o crescimento do corpo para sua própria edificação " (Ef 4:16 Bíblia das Américas)
5 -AÇÃO
O ingrediente decisivo para realizar a obra é a ação. Se não há uma ação, não há obra. A visão, a oração, os relacionamentos e a estratégia são para que caminhemos para a ação. "...Jesus começou a fazer e a ensinar ..." (At 1:1).
A) - FUNDAMENTO E MODELO PARA A AÇÃO: JESUS CRISTO
Da ação do ministério terreno de Cristo nasce o modelo de nossa atuação. Cristo não somente é o nosso modelo quanto à qualidade de vida, como também no seu OPERAR PARA DEUS.
Hoje a ação do Corpo de Cristo, a Igreja, deve corresponder à ação de Jesus quando esteve com o seu corpo aqui na terra.
Jesus tinha o ministério de apóstolo, profeta, evangelista, pastor-mestre e diácono (servidor).
Ele orava, jejuava, pregava, expulsava demónios, fazia milagres, ajudava aos pobres, alimentava os famintos, abençoava e amava às crianças, era amigo dos pecadores, perdoava os pecados, consolava os que sofriam, repreendia aos hipócritas, percorria cidades e povoados, evangelizava as multidões, evangelizava os indivíduos, entrava nos lares.
Seu ministério era múltiplo em meio às muitas necessidades da humanidade. Mas em toda essa intensiva ação, o aspecto central de seu ministério era DISCIPULAR a doze homens. A esses chamou e a eles se dedicou, formou, capacitou, equipou, treinou, (katartismos), e enviou para que fizessem o que ele mesmo fez.
Seu método formativo era duplo: o EXEMPLO de sua ação e a INSTRUÇÃO. Sarando, ele ensinava a sarar; pregando, ele ensinava a pregar; etc. E depois lhes ensinava e instruía à parte. Os discípulos eram formados VENDO a Jesus e OUVINDO os seus ensinamentos.
Hoje as circunstâncias são outras, mas as necessidades são as mesmas. O Corpo de Cristo na atualidade, mediante todos os seus membros, deve realizar o mesmo ministério multi-facetado que Cristo realizou. Para isso o Senhor reparte suas graças e dons a todos os membros do Corpo, facultando-lhes a ação. Mas, igual a Cristo, o CENTRO do ministério dos santos deve ser o FAZER DISCÍPULOS, pois isto é fundamental para a edificação do Corpo de Cristo.
B) - A SÍNTESE DA AÇÃO: MATEUS 28:18-20
Há três verbos que sintetizam a ação que a igreja deve desenvolver desde o Pentecostes até a
segunda vinda de Cristo:
-  PREGAR - (a todos)
-  BATIZAR - (aos que crêem)
-  ENSINAR - (aos que se batizam)
Estas três palavras resumem a expressão "...FAZERDISCÍPULOS... "
—> A ponta de lança da ação é a evangelização (quantidade). O que segue é o DISCIPULADO que produzirá a qualidade e a unidade dos discípulos. -> Para ensinar é necessário um PROGRAMA DEFINIDO DE ENSINAMENTO. "...ensinando-lhes que guardem todas as coisas que vos tenho mandado..."  Exemplo: Porta, Caminho e Meta.
C) - MARCO E ESTRUTURA PARA A AÇÃO: A IGREJA NUCLEANDO-SE NOS LARES
O grupo do lar, ou célula, ou grupo caseiro, não é um ente em si mesmo, nem mais um departamento da Igreja. Não há nas Escrituras a menção de grupos nas casas. Simplesmente o Novo Testamento menciona que a Igreja se reunia nas casas. A essa expressão às vezes se chama de Igreja na casa (Rm 16:5, 10, 11; Cl 4:15).
-> O QUE É UM GRUPO NA CASA?
É uma pequena comunidade de discípulos relacionados estreitamente sob uma condução adequada para desenvolver-se (em qualidade, unidade e quantidade), mediante a oração, o doutrinamento, a comunhão, no serviço mútuo, o exercício dos dons, e no ganhar e formar novos discípulos.
O grupo é uma parte da igreja da cidade e está sob a supervisão e direção do ministério pastoral.
-> O QUE É ESSENCIAL EM UM GRUPO ?                                                                      A
ordem de Jesus não foi: - ide e fazei grupos caseirosl Mas, "...ide e fazei discípulos... ".
O essencial em um grupo do lar é o discipulado. Se um grupo desses não tem o
discipulado, tem perdido a sua essência, e se reduz a uma simples reunião caseira.
Discipulado significa que existem discipuladores, discípulos, juntas, compromisso, sujeição,
formação   de   vidas,   formação   de   obreiros,   serviço,   ação,   evangelização,   multiplicação,
crescimento, etc.
-> QUAIS OS OBJETIVOS PARA O GRUPO NO LAR ?
- Integrar a cada um mediante:
         O amor e a comunhão dos membros de todo o grupo;
         O companheirismo estreito de dois ou três condiscípulos;
         O relacionamento com seu discipulador.
- Formar a cada um:
        Pelo AMBIENTE de fé, gozo, santidade, amor, oração, serviço, etc.
        Pelo EXEMPLO de vida e obra.
   Pelo ensino da Palavra de Deus. O propósito do ensino é que conheçam a
Palavra, vivam-na e saibam ENSINAR a outros.
-Enviara cada um:
        Criando CONSCIÊNCIA de que são obreiros;
        Criando CIRCUNSTÂNCIA (levá-los conosco a fazer a obra, dar tarefas);
        Delegando responsabilidade.
-> NÍVEIS DE FUNCIONAMENTO E ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO
-       Discípulo novo (filhinhos) 1 Jo 2:12-14
-       Discípulo fiel (jovem)
-       Discipulador (pai)
-       Responsável pelo grupo
Na estrutura da congregação segue:
-       Diáconos
-       Pastores-mestres
-       Apóstolos, profetas e evangelistas
É importante que em cada grupo caseiro o responsável ou responsáveis formem com os discipuladores o núcleo do grupo para levar juntos a carga e o desenvolvimento dos discípulos.
-> EXERCÍCIO DE AUTORIDADE
- Sobre a vida e a conduta dos irmãos devemos distinguir:
1.  Mandatos do Senhor - obediência comprometida
2.              Conselho pastoral - obediência voluntária (Hb 13:17)
3.              Conselho pessoal ou sugestão - obediência opcional
4.              Opiniões - liberdade de consciência - Rm 14:1-6
- Sobre a área funcional da igreja:
Os   pastores   estão   em   função   de   governo   e   a   eles   devemos    sujeição   e obediência. (1 Tm 5:17).
-> ANÁLISE DA SITUAÇÃO DE UM GRUPO CASEIRO
-   Quantos discípulos verdadeiros existem no grupo, segundo Lucas 14:26-33?
-   Quantos estão sendo discipulados?
-   Quantos sabem fazer discípulos? Isto é, sabem pregar com clareza o   Evangelho do Reino, guiar aos novos pela Porta e DISCIPULÁ-LOS?
-   Quantos estão ocupados nessa obra?
-   O que se está fazendo para melhorar a situação?
D) - DINÂMICA PARA A MULTIPLICAÇÃO
É responsabilidade de cada grupo preparar a todos os seus integrantes e envolvê-los na ação evangelizadora.
Há muitas formas de evangelizar. A partir do grupo caseiro sugerimos quatro maneiras:
1.  Sair na rua para testificar aos transeuntes com todo o grupo. Isto libera e aviva  os irmãos.
2.              Tomar várias ruas de um bairro e visitar casa por casa.
3.              Fazer reuniões evangelísticas em casa de discípulos novos, convidando vizinhos, amigos e parentes.
4.              Criar empreitadas: cada membro do grupo elabora um lista de umas vinte ou
trinta pessoas inconversas ou afastadas, pelas quais se propõe a orar e visitar,
e depois de um determinado tempo levar a Palavra.
-> EXTENSÃO A OUTRAS REGIÕES
Dois ou três grupos caseiros se unem para abrir uma nova frente de trabalho em bairros distantes ou uma localidade vizinha. (Mc 1:28; Lc 8:1)
Ide e fazei discípulos de todas as nações .... eu te constituí como luz para os gentios ...vós sois a luz do mundo...